quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Abertas as inscrições para caminhada na Vila Itoupava



Estão abertas as inscrições para a 1ª Caminhada Ecológica Cultural da Vila Itoupava, que ocorre dia 29 de agosto, em um domingo. O percurso, que pode ser feito a pé ou de bicicleta, iniciará na Sociedade Serrinha, na Rua Hermann Hein, na Vila Itoupava, às 8h. As inscrições são limitadas até o dia do evento, através do site oficial do evento (http://www.vila.tur.br/), na Secretaria de Turismo, no Comercial Kobs ou no próprio local.

O percurso terá cerca de 10 quilômetros, com dois pontos de água e frutos ao longo do passeio. No local, os participantes poderão adquirir por R$ 10 um kit com direto a camiseta do evento, água, fruta e bolsa ecológica. O valor recolhido será revertido para a implantação de uma sinalização permanente do roteiro da caminhada.

(Fonte: http://wp.clicrbs.com.br/transitonovale/?topo=52,2,18,,159,e159 acessado em 11/08/2010)

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Prefeitura lança fascículos contando história de patrimônios tombados



A Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Planejamento, lançou uma série de fascículos chamada “História Concreta, o Resgate do Patrimônio Cultural Edificado de Blumenau" com fotos e informações sobre patrimônios culturais tombados no município.

De acordo com Stella Maris Nicoletti, gerente de patrimônio histórico, a continuação dos fascículos deve ser lançada a cada dois meses. “O objetivo é a divulgação cultural e a importância da preservação desse patrimônio”, explica Stella.

O primeiro volume é dedicado às igrejas tombadas e as páginas dos fascículos ficarão disponíveis no prédio central da Prefeitura, para que a comunidade possa conhecer e completar sua coleção.

(Fonte: http://www.blumenau.sc.gov.br/gxpsites/hgxpp001.aspx?1,1,28,O,P,0,PAG;CONC;54;3;D;2927;1;PAG;MNU;E;52;1;MNU;, acessado em 06/08/2010)

domingo, 1 de agosto de 2010

Falso Enxaimel

Matéria do Jornal de Santa Catarina do dia 23/07/2010 | N° 11999

ENXAIMEL


Uma

deturpação,

um fingimento,

apenas um

cenário

Roberto Burle Marx, artista

plástico e arquiteto paisagista,

em entrevista ao Santa

em 1980, quando veio a Blumenau

e considerou o falso

enxaimel como “um aborto

da arquitetura”



É válido construir réplicas?

Prédios que ignoram técnica original ressurgem no Centro

O mosaico formado pelas tábuas na parede e as floreiras nas janelas saltam aos olhos dos turistas pelo detalhismo do enxaimel no Centro de Blumenau. Pena a paisagem ser ilusória. O cenário que procura retratar a arquitetura da época da colonização se multiplicou na década de 1970, após a isenção do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) pela prefeitura aos que construíssem a fachada semelhante à técnica construtiva em enxaimel. A lei foi revogada em 1994, mas atualmente o falso enxaimel reaparece nos prédios públicos, como na nova sede dos Correios e nos projetos dos novos prédios da Justiça Federal e da Câmara de Vereadores. O que diferencia o genuíno do falso está no básico: a construção. O enxaimel original consiste na construção feita com o travejamento de madeiras. Essas estruturas são preenchidas com tijolos ou taipas.

Programado para ser concluído em outubro, o novo prédio dos Correios, instalado na esquina das ruas Curt Hering e Padre Jacobs, está sendo construído com a fachada enxaimel. A pretensão ao optar pela réplica, justifica a estatal, é homenagear a herança cultural da região. O argumento é o mesmo dos responsáveis pelos projetos da Justiça Federal e da Câmara de Vereadores.

Secretário de Turismo, José Eduardo Bahls de Almeida acredita que a retomada das fachadas no Centro da cidade ajudam a fortalecer o turismo.

– O enxaimel faz parte da nossa história e os turistas gostam de ver e fotografar. Mas é importante perceber que mesmo na Alemanha as edificações já têm estilo moderno, o que é gratificante para o turista – avalia.

Especialistas criticam homenagem à cidade com falso enxaimel

Entretanto, levantar edifícios com a técnica enxaimel original não é inviável. Especialista na técnica, o carpinteiro Paulo Roberto Volles calcula o custo médio de R$ 1,2 mil para cada metro cúbico construído.

Coordenadora do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Furb, Yone Yara Pereira critica a homenagem à cidade por meio do falso aspecto da técnica enxaimel nos prédios públicos.

– Não cabe mais para uma cidade moderna o resgate falso da tradição. O falso enxaimel é só um cenário, ilusão. Por que usar o falso para as pessoas admirarem se uma arquitetura moderna e ousada também atrai o olhar dos turistas? – questiona.

Numa ótica diferenciada, os prédios da Justiça Federal e da Câmara de Vereadores também pretendem resgatar o enxaimel na fachada. A diferença nas duas construções, no entanto, está na adoção de uma leitura moderna da técnica, com a implantação de vidros e estruturas em alumínio, em vez de madeira e tijolos.

cristian.weiss@santa.com.br

CRISTIAN WEISS