quarta-feira, 24 de março de 2010

INSCRIÇÃO PARA OFICINA DE FOTOGRAFIA BÁSICA

Olá,

Temos vagas para a Oficina de Fotografia Básica marcada para o dia 27/03/2010, das 14:00hs as 18:00hs (Sala G-001, Campus I - FURB), com o fotógrafo Charles Steuck.

Dispomos de 10 vagas!

Serão contemplados os 10 primeiros e-mails para patrimonioemmovimento@gmail.com com o assunto “Inscrição para Oficina de Fotografia Básica”.


Maiores informações: patrimonioemmovimento@gmail.com

terça-feira, 23 de março de 2010

4º Seminário Internacional em Memória e Patrimônio

4º Seminário Internacional em Memória e Patrimônio - disponíveis editais para mesas e comunicações.
O Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural do Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Pelotas promoverá, entre os dias 22 e 24 de setembro de 2010, o 4º Seminário Internacional em Memória e Patrimônio, que terá como tema “Memória, Patrimônio e Tradição”. Entre os palestrantes estarão os professores Daniel Fabre (EHESS/LAHIC-CNRS/França), Gaetano Ciarcia (Université Montpellier; LAHIC/França), Juan Carlos Radovich (UBA/Argentina) e Paulo Costa (Instituto de Museus e Conservação, Ministério da Cultura/Portugal). Até 30 de março estarão abertas as inscrições de mesas temáticas propostas por pesquisadores das áreas afins e de comunicações. Mais informações em: http://ich.ufpel.edu.br/simp

Comissão organizadora do 4º SIMPMestrado em Memória Social e Patrimônio Cultural / ICH - UFPel

quarta-feira, 17 de março de 2010

Enxaimeloso

Texto do escritor Maicon Tenfen em sua coluna no Santa:


Enxaimeloso

Em certa altura da crônica de ontem, escrevi algo em torno de um certo “pseudogermanismo que nos empurram goela abaixo”. Leitores me perguntaram o que quis dizer com “pseudogermanimo” e, mais importante, quem é que nos entope a garganta com esse negócio. Calma que me explico.
Na segunda metade dos anos 1970 – e aqui me baseio nas palavras do historiador Ricardo Machado – o poder público e as elites financeiras do município começaram a trabalhar mais conscientemente na construção de uma identidade local, tendência que na época era seguida por várias cidades e regiões do país. Não de todo má, a ideia era contrapor um jeito blumenauense de ser aos hábitos e costumes do resto do país.
Lógico que esse jeito blumenauense estaria ligado às origens germânicas de Blumenau, num movimento de autoafirmação que pretendia recuperar as tradições parcialmente quebradas ou corrompidas com a Campanha de Nacionalização dos anos 1930, que fechara jornais publicados em alemão e proibira o uso do idioma em locais públicos. Esse primeiro passo rumo à valorização das raízes germânicas me parece mais do que legítimo.
O problema é que a coisa rapidamente se transformou em caricatura, processo que se acentuou nos anos 1980 com a recriação de uma Oktoberfest feita para inglês ver. No mesmo período, surgiram as leis de isenção fiscal para os prédios de arquitetura europeia, o que gerou o símbolo máximo do pseudogermanismo, o falso enxaimel ou, como preferem alguns, o “enxaimeloso”. Somos falsos alemães, não apenas nas paredes, e celebramos isso, mas até aí nada temos de prejudicial.
Tudo muda, porém, quando esse conceito de pseudogermanismo se transforma em ideologia. Seja qual for a denominação partidária, os governantes se veem na obrigação de manter a fachada de limpeza, ordem e progresso, nem que para isso precisem varrer a “sujeira” para debaixo do tapete. Pior: por parte das autoridades e até mesmo da população que se encaixaria no modelo do alemãozinho trabalhador, há flagrante DISCRIMINAÇÃO – a afirmação é grave – das etnias e das manifestações culturais que fogem ao estereótipo. O recente descaso com o carnaval de rua de Blumenau é um exemplo do que digo.
Podem crer: não somos apenas esse desenho com suspensórios e pena no chapéu. Mas, em vez de consolar, a constatação gera uma pergunta incômoda: quem realmente somos?

terça-feira, 16 de março de 2010

terça-feira, 9 de março de 2010

Para Visualizar o filme Das Rad, visite o endereço abaixo:

http://www.youtube.com/watch?v=HMc9OJvo-9A&feature=related

quinta-feira, 4 de março de 2010

terça-feira, 2 de março de 2010

V Congresso Internacional Patrimônio Cultural

O V Congresso Internacional Patrimônio Cultural, se realizará na cidade de Córdoba, República Argentina, de 6 a 8 de maio de 2010, organizado pelo Centro Cultural Canadá Córdoba, Argentina e pelo Museu Histórico da Universidade Nacional de Córdoba.
www.centrocanadacordoba.org

segunda-feira, 1 de março de 2010

Equipe multidisplinar começa a reerguer Paraitinga

Cidade do Vale do Paraíba destruída pelas chuvas vai ganhar centro de formação interdisciplinar para atuar na recuperação
A inundação da virada do ano produziu cenas dramáticas em São Luís do Paraitinga, no Vale do Paraíba, com a destruição de dezenas de imóveis tombados dos séculos 18 e 19. Depois de virar um canteiro a céu aberto para arquitetos, engenheiros, historiadores, arqueólogos e antropólogos empenhados na sua reconstrução, Paraitinga vai se transformar num centro de formação interdisciplinar para estudantes universitários.
Coordenado pelo professor de Urbanismo e Planejamento da Unesp José Xaides de Sampaio Alves, o projeto de ensino pretende levar a Paraitinga alunos de graduação e pós de cursos relacionados à reconstrução, como Arquitetura, História, Artes Plásticas, Engenharia e Museologia, entre outras carreiras. “Queremos, além de tudo, gerar um turismo técnico que incentive a economia local”, explica.
As lições de Goiás VelhoAlves participa de um grupo interdisciplinar da Unesp que propôs, na semana passada, desenvolver em Paraitinga ações em suas respectivas áreas. “Não é um trabalho com viés acadêmico, mas com certeza pode gerar um resultado científico.” Na equipe há desde professores da área de saúde, principalmente psiquiatras e psicólogos, dispostos a trabalhar com moradores traumatizados com a inundação, a especialistas de engenharia hidráulica, preocupados com a contenção de enchentes na cidade.O caráter interdisciplinar do trabalho desenvolvido desde a enchente não é uma exclusividade de Paraitinga. Segundo profissionais que trabalham com preservação, o conceito de patrimônio tem se ampliado nos últimos anos. “Isso engloba o meio ambiente, o edificado e também o imaterial e intangível”, afirma a historiadora Salma Saddi de Paiva, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) de Goiás. O objetivo é reconstruir os prédios com tudo que se possa aproveitar, numa tentativa de manter sua “alma” – e de evitar transformá-los em fantasmas, que apenas lembrem o original. “O bem imóvel se perdeu, mas o que ele representa deve permanecer”, diz o arquiteto Leonardo Falangola, do Iphan de São Paulo.Para que o trabalho seja bem-sucedido, o envolvimento da população é essencial, explica a antropóloga Simone Togi. “Temos que fazer um levantamento do que representam essas construções, as relações com as manifestações culturais e, por meio de um olhar antropológico, entender como as pessoas sentem a reconstrução”, diz Simone, funcionária do Iphan de São Paulo.“Ao mesmo tempo, tudo isso é cal, pedras, tijolos e valores culturais”, afirma o arquiteto Sérgio Galeão. Ele levou a Paraitinga a experiência vivida como chefe do escritório técnico do Iphan em Pirenópolis, Goiás, onde a Igreja Matriz foi integralmente reconstruída depois de consumida por um incêndio em 2002.Assim como em Goiás, o foco principal dos especialistas em Paraitinga são igrejas: a da Matriz, do século 19, e a capela de Nossa Senhora das Mercês, do século 18. Técnicas de arqueologia estão sendo aplicadas no trabalho: lonas protegem pedaços de forro e vigas de madeira que ainda não foram retiradas dos escombros. Todo o material será peneirado. Apenas cacos de telhas e lama vão ser descartados.Um dos tesouros da capela foi salvo por um morador, que resgatou, do meio da lama, a imagem da Nossa Senhora das Mercês, do século 17. O restaurador João Dannemann, professor da Universidade Federal da Bahia, esteve no local e fez uma análise preliminar. “É uma peça rara, de barro cozido, mas com o interior maciço e argiloso, e não oco como se vê na maioria dos casos.
Segundo Dannemann, embora a premissa da reconstituição de peças religiosas seja chegar o mais perto possível do original, o processo não é somente técnico. “Tem de haver o apoio de uma contextualização histórica.” A santa passa por uma secagem natural, recomendada pelo restaurador – que espera a autorização do Iphan para começar a trabalhar na imagem.
Outro colaborador do Iphan, o arqueólogo paulista Paulo Zanettini, foi chamado emergencialmente para analisar a capela das Mercês e apresentou um projeto sobre a preservação de possíveis túmulos existentes na área. “Há uma lápide na igreja que indica que lá estaria enterrada uma benfeitora da capela, chamada Maria Antonia dos Prazeres.”O projeto de Zanettini, que aguarda o aval do Iphan, propõe estender a pesquisa arqueológica para toda a área de Paraitinga atingida pela inundação. “Em um local histórico como esse, é importante identificar a origem dos materiais e entender por que certas obras resistiram. Além disso, algumas pessoas estão intervindo nos imóveis sem critérios”, diz o antropólogo.
Pelos cálculos do Iphan, apenas o processo de resgate e seleção do material das pilhas de escombros levará cerca de seis meses. Paralelamente a isso, especialistas discutirão a técnica a ser utilizada na reconstrução, se vão adotar as originais das edificações – principalmente pau a pique e taipa de pilão – ou métodos modernos. Galeão diz que uma coisa é certa: a ênfase na segurança das edificações. “Os prédios serão idênticos, mas não se pode permitir que um templo caia duas vezes.”
Fonte: reportagem publicada no Estadão
Publicado em: 01/03/2010 (http://aber.locaweb.com.br/v2/noticia.php?IdNoticia=2259)

Para Divulgação!


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